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Há trinta anos, nos dias 19 e 20 de janeiro de 1980, eu e Léo Damasceno estreávamos na produção e apresentação do nosso primeiro show musical Via Mar, realizado no teatro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco. Aquela década foi para nós um marco na elaboração e apresentação de shows. Além do Via Mar, produzimos e apresentamos Canto do povo de um lugar (1981), na Aliança Francesa; Calourada (1982), no auditório da Escola Politécnica de Pernambuco; Comunhão (1983), no ginásio coberto da Universidade Católica de Pernambuco; Alvorecer (1984), no teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, com uma tournée passando por Aracaju, Maceió, João Pessoa e Natal, com a Banda Alland; incluindo apresentações em vernissages, lançamentos de livros, congressos, juntamente com a produção de um programa musical em rádio intitulado Dança das Cabeças, entre outras atividades culturais a que nos dedicávamos.
Por ocasião dessa passagem histórica, Léo pediu-me que compusesse uma canção que demarcasse esse momento. Assim, numa breve revisão desse tempo, procurei inspirar-me em três mulheres que foram significativas e resolvi então compor não uma única canção, mas uma trilogia.
A primeira intitula-se DOIS OLHOS LUZ, cuja letra é de minha autoria e música de Léo. A inspiração fui buscá-la na pessoa luminosa de Chiara Lubich, através dos seus olhos luz nós pudemos enxergar e viver uma realidade totalmente nova e radical em nossas vidas.
A segunda canção, ECLIPSE TOTAL, fui beber em Dona Carmelita, uma amiga, catadora de lixo da cidade do Recife (hoje o lixo é chamado material reciclável), mãe do nosso amigo comum Gustavo Augusto, morador da Ilha de Santa Teresinha, falecido em 1995 vítima do vírus HIV. Gustavo é o fundador honorário do Projeto Recriança, de Recife.
E a terceira canção da trilogia, intitulada O ZERO, mergulhei na pessoa emblemática de Zilda Arns, que encerrou sua passagem pela existência no momento de plena doação ao povo haitiano, reduzido a zero, antes com a catástrofe econômica e política, e agora com a catástrofe natural do terremoto.
Com a possibilidade tecnológica de publicar essas canções no Blog Ação Fraterna, penso de partilhar com todas e todos aqueles que tenham um coração suave e aberto para colher esses momentos de nossa humanidade.
Espero que apreciem essa singela produção caseira, feita com um desejo de comunhão.
Alexandre Aragão – 04 de abril – Páscoa de 2010
Há trinta anos, nos dias 19 e 20 de janeiro de 1980, eu e Léo Damasceno estreávamos na produção e apresentação do nosso primeiro show musical Via Mar, realizado no teatro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco. Aquela década foi para nós um marco na elaboração e apresentação de shows. Além do Via Mar, produzimos e apresentamos Canto do povo de um lugar (1981), na Aliança Francesa; Calourada (1982), no auditório da Escola Politécnica de Pernambuco; Comunhão (1983), no ginásio coberto da Universidade Católica de Pernambuco; Alvorecer (1984), no teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, com uma tournée passando por Aracaju, Maceió, João Pessoa e Natal, com a Banda Alland; incluindo apresentações em vernissages, lançamentos de livros, congressos, juntamente com a produção de um programa musical em rádio intitulado Dança das Cabeças, entre outras atividades culturais a que nos dedicávamos.
Por ocasião dessa passagem histórica, Léo pediu-me que compusesse uma canção que demarcasse esse momento. Assim, numa breve revisão desse tempo, procurei inspirar-me em três mulheres que foram significativas e resolvi então compor não uma única canção, mas uma trilogia.
A primeira intitula-se DOIS OLHOS LUZ, cuja letra é de minha autoria e música de Léo. A inspiração fui buscá-la na pessoa luminosa de Chiara Lubich, através dos seus olhos luz nós pudemos enxergar e viver uma realidade totalmente nova e radical em nossas vidas.
A segunda canção, ECLIPSE TOTAL, fui beber em Dona Carmelita, uma amiga, catadora de lixo da cidade do Recife (hoje o lixo é chamado material reciclável), mãe do nosso amigo comum Gustavo Augusto, morador da Ilha de Santa Teresinha, falecido em 1995 vítima do vírus HIV. Gustavo é o fundador honorário do Projeto Recriança, de Recife.
E a terceira canção da trilogia, intitulada O ZERO, mergulhei na pessoa emblemática de Zilda Arns, que encerrou sua passagem pela existência no momento de plena doação ao povo haitiano, reduzido a zero, antes com a catástrofe econômica e política, e agora com a catástrofe natural do terremoto.
Com a possibilidade tecnológica de publicar essas canções no Blog Ação Fraterna, penso de partilhar com todas e todos aqueles que tenham um coração suave e aberto para colher esses momentos de nossa humanidade.
Espero que apreciem essa singela produção caseira, feita com um desejo de comunhão.
Alexandre Aragão – 04 de abril – Páscoa de 2010
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